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Grito

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sexta-feira, outubro 14, 2011 by

Venho quebrar o silêncio. Não sei se foi a chuva ou os episódios da nova série que estou assistindo (Castle), mas me veio um incômodo muito grande por ter deixado há tanto este blog à esmos. Eis que cinco meses se foram, e cinquenta mil coisas sim, foram caindo em minha vida, de paraquedas. Uma a uma. Não contarei detalhes agora, pois detesto resumir em algumas linhas a riqueza de detalhes e as nuances de uma variedade de momentos que foram tão peculiares, embora em apenas meros cinco meses.
Sinto saudades de escrever. Confesso que tenho gastado meu tempo e energias em coisas muito importantes para mim agora, mas, parece que esqueci do meu prazer de escrever. Pelo menos, da parte prática. Minha mente é bem louca. Tenho dificuldades de colocar as coisas no "papel", e acabo perdendo as dezenas idéias que se passam na minha cabeça. Agora eu peguei o hábito de anotar tudo. Tenho um caderninho para isso. Mas mesmo assim, sinto saudades de escrever coisas mais extensas, mas (ou nem tanto) filosóficas, estruturadas. Escrever essa postagem está sendo como um grito. Causar barulho no silêncio profundo.
Bem, quem sou eu nesse exato momento de minha vida? Sou um licenciado em Física, com altos planos que não têm nada aparentemente a ver com minha formação acadêmica. Trabalhador de um museu de Ciências, onde tenho experimentado mais um pouco da atuação na área de divulgação científica. Uma pessoa com uma vida um pouco corrida agora, mas que faz isso com um propósito, e não pra se tornar mais um ser morimbundo que só trabalha como fruto da pressão de um sistema que quer te tornar uma mera mão-de-obra, limitar sua mente e roubar seus sonhos plenos. Eu tenho um porquê de estar vivendo isto tudo, agora. Há motivos para agora estar correndo riscos e ousando como nunca me atrevi. Se há uma coisa que tenho aprendido ultimamente é que eu devo correr atrás dos meus sonhos e realizá-los. Largar o medo e sair só das palavras. A minha vida precisa chegar num tal ponto no qual todas as coisas que vivo converjam. E isso bizarramente tem acontecido. É divino. Não vem de mim, mesmo. 
É conhecida de muitos a vontade minha de vivenciar experiências transculturais internacionais. Há muito já venho falando sobre intercâmbio, possíveis destinos e aprendizado de línguas estrangeiras. Pois bem, tudo parece estar dando o primeiro passo agora. Sim. Estou indo pra fora, um lugar que não estava na minha lista, mas que eu já abracei de coração. Estou indo para aprender e viver experiências maravilhosas, mas o foco é ministerial. Estou permitindo Deus abrir uma porta em minha vida que irá abrir outras portas que nem imagino no momento. E pra isso, tomei muitas decisões, houve renúncia. Estou indo pra Itália em breve, e com uma importante missão nas mãos. Ainda não sei bem no que vai dar. Meu Pai é quem deixou eu ir e eu confio nEle. Ele sabe como tudo vai ter que ser lá e eu estou disposto a viver isso. Com muita fé é que venho abrindo espaços em mim para que isso tudo aconteça. O que Ele quer é o que importa mais e estar com o coração nisto tudo é a coisa a se fazer. Ainda planejo o intercâmbio, e esta semana pensei muito sobre fazê-lo ano que vem. Os meus recursos financeiros estão sendo voltados para investimentos a longo prazo, e 90% disso inclui o intercâmbio. Ainda não pensei em continente ou país direito, mas, eu creio que a minha ida a Europa será uma chave que vai me mostrar muitas coisas. Decidi dar um passo de cada vez e meu foco agora é Itália.
Vou parar de falar [muito] sobre mim. Foi muito bom poder ter parado esses 10 minutinhos para escrever aqui. Estava abafado, que nem o dia de ontem. À propósito, o verão está chegando daqui há pouco. Enquanto isso, nos divertimos com a primavera. Que estação doida! É quase certo todo final de semana mudar o tempo e chover nas segundas. Nos dias que trabalho - e nestes não posso vestir bermudas -, o Sol retorna em raios fúlgidos. Irônico né?
Ah, citei Castle no inicio da postagem porque um escritor de romances policiais é um dos protagonistas da série. Isto me inspira. Pessoas criativas me inspiram e me incitam a respirar. E é com todo esse ar nos pulmões de meus neurônios - agora, talvez, cheios de gás - que grito este grito, em palavras que surgem aos estalidos do teclado sob meus dedos, já bem embriagados pela sonolência das 1 da manhã. Minha cama me chama, e um dia cheio me espera. A presto.