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Contemplação
0terça-feira, julho 03, 2012 by Sanderson Moreira
Abro os olhos
Absorvo o mundo
E suas cores
E suas nuances
Miríade de imagens
Feitas ora de ondas,
ora corpúsculos.
Com espírito galileano
Contemplo Luna em seu eterno reinado
Banhado pelo esplendor do grande-Rei
Em torno do qual dançam seus súditos alados
E ao despertar,
Hipervelozes
Os raios da aurora
Adentram minhas janelas;
Um mundo d’ouro contemplo,
Há vida lá fora, eu vejo
N’águas plácidas dos muitos prantos
Contemplo um rosto em encantos
Pergunto-me “por quê te admiras?
Já disto não sabia Euclides?”
Não, disto não me pergunto...
Já disto não sabia Euclides?”
Não, disto não me pergunto...
Me pergunto, “porque tal é teu pranto
se as trevas e a dor já se foram?
Oh, homem de triste semblante!
Quem és tu?”
Oh, homem de triste semblante!
Quem és tu?”
E então, ao tocar a face abatida
desfaz-se a imagem d’alma ferida
E, sem mesmo os pensares
de Snell ou Descartes
Entendo, por fim
Que o semblante
O qual contemplo
Pertence a alma
Que estes versos escreve.
E vai-se a claridade
E toda glória do Rei
Eis Luna, alva majestade
A estes olhos encantar outra vez.
Sanderson Moreira
Category Ciência, Física, Ótica, poemas