Archive for 2010

Sobre os supostos “maduros” e “sábios”

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quarta-feira, dezembro 22, 2010 by


     As vezes eu acho que as pessoas são mais sábias do que eu. Que eu sempre vou aprender com elas, que eu sempre preciso prestar atenção no que elas fazem. De fato, eu aprendo muito. Seja essa pessoa mais nova do que eu, ou mais velha. Só que eu paro pra pensar, e vejo que as vezes eu preciso reconhecer que eu tenho que me colocar no papel da pessoa mais sábia em certos momentos. Eu preciso ser aquele vai transmitir alguma sorte de sabedoria. Eu sou o maduro, saca, e não a outra. Preciso me ver na responsabilidade de trazer à essa pessoa algo que vá colaborar para seu amadurecimento. Elas também precisam aprender comigo, elas precisam prestar atenção no que eu faço, falo, penso. Não é um engrandecimento, mas sim um reconhecimento de que todos nós aprendemos uns com os outros. Não pense que você é apenas uma cisterna, que só vai receber a água que jorra de uma pessoa que parece ser mais sábia ou madura em uma ocasião. Aquela pessoa as vezes é tão imatura quanto você. Seja uma fonte, e aprenda a jorrar o que você sabe. Não há ninguém que não saiba nada. Toda forma de experiência de vida é uma lição para outrem, e disto eu estou mui certo. As vezes é muito lindo o que uma pessoa faz, muitas vezes figuramos aquilo como algo maravilhoso, mas, se você olhar bem fundo, não há nada de lindo, e sim de muito artificial e imaturo. Você precisa mostrar então a ela que dessa água você não quer. Rejeite toda água que alguém quer depositar em você, largue sua vida de cisterna. Seja uma fonte, aprenda a fluir suas próprias águas e abasteça vidas também. Seja relevante de verdade, com palavras que somem, mas não com intento de “querer ser” relevante, impressionar ou soar superiormente sábio - porque se você assim tentar fazer, estará sendo imaturo e infantil -, mas sim como se isso fosse algo natural de você, aliás, você é uma fonte, e tudo que sai de ti flui de ti mesmo.

Leia o texto Sobre Cisternas e Fontes, do Rubem Braga eu o li há alguns meses atrás e ele me veio à cabeça, de subito.


Hosana

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quarta-feira, dezembro 15, 2010 by

Nas alturas,
Nos asfaltos
e nas esquinas
cantam Hosana,
Hosana ao Carpinteiro
Ele conserta
e é de graça
novo ou velho
faltando pedaço
há sempre jeito

Hosana em todo canto
nas favelas e nas pradarias
nas dunas do Saara
ou nos iglus dos inuits
os passaros assobiam hosana
[só que você não entende]
Os ventos uivam isso
E as estrelas O dão devida glória
Hosana
nas profundezas do Atlântico,
nas extemidades do Himalaia

Hosana na web
[em meio aos tweets e posts]
Hosana no silêncio,
na ausência ou morte

Hosana na escassez
e na abundância
Na perda ou na vitória
sempre que se dar Hosana

Cantam os anjos,
os homens e os bichos,
os astros, os minerais e a ausência de matéria
Hosana, Hosana, Hosana
A Ele, em Honduras, Hosana
Nas alturas, a Deus glórias, amém.

Sam (15/12/10)


Ser mundo

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sexta-feira, dezembro 03, 2010 by

[isso foi escrito acho que no início do ano, mas ainda me faz algum sentido nessa vida, rs, #eu_acho]


"Para o mundo você pode ser uma pessoa mas para uma pessoa você pode ser o mundo"


     Frasezinha essa daquelas à lá chichè né, mas eu gostei. As vezes você pode fazer toda a diferença na vida de alguém, com certeza. As vezes alguém precisa ser ouvido, ao invés de só ficar escutando. Precisa falar, abrir-se, deixar a alma gritar. As vezes você completa o dia daquela pessoa, porque você é uma das engrenagens que o faz a vida dela funcionar. As vezes ela precisa de um sorriso seu. As vezes, um abraço vale muito mais que dizer eu te amo, pois é mais verdadeiro, mais vivo, mais verbal quando traduzido à linguagem da alma. Muitas vezes precisei de pessoas, e não as tive. Hoje tenho, mas, sempre quero ser o mundo para as pessoas, ou pelo menos, parte deste mundo.


by Sam

Vocês fazem parte do meu mundo :: Thanks God!


Implícito

3

quinta-feira, outubro 28, 2010 by


Olha e não vê
contemplação do não ser
Conhece o desconhecido
Um mergulho no profundo superficial

Gestos outros
Palavras sintéticas
Não és, e nem desejas ser
mas por algum motivo
és o que não és

Não te julgo
eu também uso
e mui outrens
o mesmo fazem

Precisa-se ver o semblante
Resplandecer do interior
Você de vidro;
as impurezas e não os diamantes
pedras tão falsas
quão ouro de tolo!

Sejamos nós
Sem cuidados, sem disfarces
Sem lágrimas oprimidas
ou sorrisos comprados

Delete de fakes
Upload da alma
É isso que se espera;
Sem belezas, sem mais, sem excessos
Não há mais espaço para vazios...


Sanderson A. Moreira (escrito em 25/10/10)


Ventos, Chuvas e Filosofias

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domingo, outubro 03, 2010 by

     Venta e cai um chuvisco incessante. No caminho para casa, os ventos sopravam forte, agressivos. Precisei segurar meu guarda-chuva para impedir que este fosse deformado ou levado pelas rajadas impetusas. Por fim, decidi fechar o guarda-chuva, permitindo com que as agulhadas geladas perfurassem meu ser nu. De alguma forma, essas agulhadas tornaram-se mais agradáveis - ou menos desagradáveis - que as constantes tentativas de impedir as ousadas acrobacias que o vento impulsionava meu guarda-chuva a fazer. Ressalto que gosto de caminhadas em dias chuvosos. Tudo é muito tranqüilo e a única sinfonia a se ouvir é a da chuva. Os ventos cantam e o coral de folhas revela uma perfeita variedade de tessituras. Há timbres de todos os tipos, sons de todas as sortes, mas que soam como o silêncio para minha alma. Na verdade, o silêncio é aquilo que tranquiliza [seja lá o que for] e não a ausência de som. É o algo que cala os pensamentos gritantes, pacifica as guerras interiores e nos seda temporariamente. O silêncio existe por dentro e não no ambiente. Há como existir silêncio em meio aos muitos sons. Um exemplo é quando estou no shopping. As vezes, o suposto silêncio da biblioteca da universidade - quase sempre - me traz poluição interior. Preciso fugir dali, preciso escapar. As vezes vou em busca dos andares mais vazios, mais tranquilos, mas, é paliativo. Percebo então que, na verdade, não é o pouco barulho ou pouco movimento que me trará mais paz. É algo mais profundo do que simplesmente os sons do ambiente físico. E fujo para o shopping. E ali, em meio a pessoas, lojas, odores [destaque para o da pipoca], sabores e ruidos, eu encontro um lugar. Sento-me em uma mesinha, escuto uma música, pego um livro ou algo para escrever, e inicio a minha viagem. Eu simplesmente achei um lugar para ter paz. Longe da correria acadêmica. Longe das cobranças. Longe das mesmas pessoas, da pressão psicológica e da auto-cobrança. A paz está então onde você verdadeiramente se liberta. Pode ser em uma caminhada pela rua, escutando uma boa música, e refletindo sobre a vida, ao lado dos carros que trafegam constantemente cruzando as vias da cidade, como eu o faço. Pode ser num dia de chuva, escutando o bramido dos ventos ou a melodia pluvial. Pode ser ao som da distorção de uma guitarra, ou nos golpes da percussão. Não importa. Você sabe onde encontrar a sua paz. E dias assim são dias nos quais eu delicio de um pouco dessa paz. 
     Paz é poder parar e ficar refletindo sobre sua vida. É poder perder o controle de sua auto-cobrança e abandoná-la, deixá-la de lado. É escapar de algo. É sentir a chuva e não reclamar do quão geladas são suas gotas ou por que você vai ficar todo molhado, mas sim senti-la e agradecer por isso, sentir isso como uma quebra de rotina, é vê-la como uma benção e não fugir correndo, mas sim caminhar, aproveitar cada gota que cair sobre você. É poder cantar em plena rua sem se preocupar em parecer um louco, mas sentir-se livre por cantar aquilo que a sua alma deseja entoar no momento. [sim, você não precisa ficar que nem um maluco gritando; eu disse, CANTAR, cantar para você!]. É, de alguma forma, ter um tempo consigo mesmo. É poder encontrar uma forma de visualizar somente você. E nesse momento é possivel ver que uma Pessoa Especial está com você, mesmo que não fisicamente, mas Ele está ali, acompanhando seu processo filosófico. Ele pode te induzir a pensar em como as coisas tem andado e você pode até sentir uma baita vontade de recorrer a algo maior, alguem que vá te abraçar com os braços do tamanho do Universo e que será a solução pra todos seus conflitos interiores. Ao fim de tudo, você verá que a paz se encontra quando você sente encontrá-LO. A paz reside nEle. Você já tentou encontrá-LO nos momentos em que você se sente aproximar-se da sua paz? #ficaadica
     Eis-me filosofando no conforto do cobertor e da cama. Pensando no fato de não saber ainda em quem votar amanhã [só presidente]. Pensando no medo da dor que pode ser me apaixonar novamente, exercitando novamente a atraente arte do procrastinar, mas, ouvindo, porém, a deliciosa harmonia dos sininhos embalados pelo vento, das telhas metálicas vibrando sobre os terraços, e do chiado do vento, que agora, por fim, parece estar encontrando algum sossego. 


Filosofia Noturna

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domingo, agosto 22, 2010 by

Após um tempo de quase um mês, retorno eu com mais algumas linhas do meu filosofar cotidiano... Essas eu escrevi há um tempo, é uma reflexão. Confesso que tenho escrito muito no meu Tumblr, talvez porque eu prefira usá-lo mais para escrever postagens curtas, sucintas e objetivas.

"À noite eu tento me entender. Me vejo no silêncio, na ausência do que me fere, do que me rouba a vida. Me pego conversando com Deus. Conto-lhe minhas filosofias, numa tentativa louca de desembaraçar o emaranhado de sentimentos e pensamentos. Julgo pessoas, fatos e a mim mesmo. Contruo, desconstruo, deleto e recupero alguns ítens da lixeira. É como se um espelho se pusesse diante de mim ao fechar dos meus olhos. No entanto, o homenzinho é vencido pelo sono. Às vezes esquece-se de se despedir de Deus, lhe dizer boa noite, talvez por ser derrotado pelo muito filosofar, talvez cansado dessa luta fútil. Pensamentos, sentimentos, pessoas são apagados. Durante o sono é que se é feliz, livre. E quando o sol acorda, despertando junto com ele bilhares, é hora de reinciar o sistema, reprogramar-se, e sobreviver; sobreviver para apenas ter novamente a oportunidade de se entender ao anoitecer; eis a pífia glória dos meus dias."


Pandora e as pessoas "não-mais" especiais

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sábado, julho 17, 2010 by

     Essa semana foi uma semana normal, pelo menos, estava sendo. Há pouco senti-me como se um vácuo estivesse se apoderando de meu interior. Um vazio súbito. Catei todas as minhas filosofias desta semana e calhei a mergulhar nelas novamente. O resultado de uma semana toda foi uma sexta-feira gris, frustrada e que deveria ser um dia mais feliz mas que não foi. Afinal, é aniversário de uma das pessoas mais especiais pra mim, um dos amigos mais preciosos que tenho. Mas, mesmo assim, isso não foi possível.
     Ontem a noite eu filosofava a respeito das pessoas especiais. Ouso dizer que, tenho perdido o medo de dar delete no status "especial/vip" de algumas pessoas na minha vida. Foi um processo. Tem sido um processo. Não tem sido doloroso, mas sim natural. Para mim, antigamente, se uma pessoa era denominada por mim como especial, ela deveria ser especial pra mim pra sempre. Quando eu via que isso não iria ocorrer, eu me entristecia e me culpava. Logo, rotular pessoas, com quaisquer que sejam os rótulos, tornou-se uma tarefa difícil e desafiadora para mim. Com o tempo perdi o medo de rotular algumas como amigos e mesmo assim já foi difícil. Ontem parei para olhar algumas das últimas páginas da minha vida. Deparei-me com alguns capítulos densos e desagradáveis de serem lidos, mas, mesmo assim, tive que lê-los. Vi que algumas pessoas só ficaram na história; hoje, elas são apenas meras lacunas. Pessoas que outrora chamei de especiais. Vi que estava acabando por deletá-las da minha special list. Bem, isso não me doeu muito, mas meses atrás só de pensar que isto estava por acontecer  inevitavelmente, eu já sentia as dores. Acho hoje que, tais pessoas tiveram o seu momento de especiais. Hoje elas não são. Já foram. Logo, não cabe mais o emprego desse rótulo sobre elas. Mas confesso ser triste. Poderiam ter perdido esse título de uma forma mais amena, e não da forma como as coisas tem acontecido. Não tenho mais medo de ter talvez errado ao chamá-las de especiais. No momento, eu as achava sim. Hoje, nem tanto. Ou melhor, elas são especiais no passado, mas o status não perdurou com o decorrer do tempo. Só me falta achar um novo status para dar a elas.
  Hoje foi tenso. Me deram nota errada em uma disciplina, não achei o professor ao tentar solucionar esse problema, não fiz praticamente nada hoje, não pensei em coisas legais, as músicas que ouvi foram as mesmas, tive que passar a sufocante situação de ignorar pessoas não mais especiais pra mim - essa perda de status se deu de uma forma desagradável -. De bom, só o cinza do dia. Um dia sem sabor, sem cor, sem momentos expoentes. O que me doeu mais foi com relação as pessoas. Penso em como elas podem te ignorar facilmente. Apesar de tudo, elas não falam mais com você. Na verdade, acho que existe uma lei ou princípio, postulado, seja lá o que for, que diga que "você é quem tem que correr atrás das pessoas, a iniciativa tem que ser sua, porque a outra não vai se importar com você naturalmente, de forma interessada, não. É mais fácil pra elas que você se mostre interessado e preocupado com elas." Esse princípio viola a lei do fluxo da amizade: só há amizade de há reciprocidade, não importa de que forma; só há relacionamento se ambas as partes estão sintonizadas à mesma frequência. Acho que a minha frequência se perdeu do alcance da antena de algumas pessoas. Confesso que isso me pesa um pouco, me entristece, mas não sinto necessidade extrema de me achegar a elas e pedir desculpas, até mesmo, porque não há culpados. Só deve existir relacionamento se o outro também quiser.
     Há tantas demandas, tantos resultados para apresentar, tantas obrigações, respostas aos mais diversos estímulos, cobranças, grilhões, controles. Chego a pensar até mesmo pra quem eu realmente faço essas tantas coisas. São pras pessoas que me cobram direta ou indiretamente, pra que tudo saia de tal forma que o objetivo desses terceiros seja alcançado ou por uma satisfação pessoal e espiritual ou seja lá o que for? Eu preciso descansar. Descansar em Deus, preciso desembaraçar esse emaranhado de idéias, conflitos e dualidades que beiram a me dar um tilt. É como se eu tivesse aberto a caixinha de Pandora. O caos se instaurou de tal forma na minha cabeça que acabei quase entrando em parafuso. Ao mesmo tempo, abri os olhos para realidades. Talvez esse caos leve ao cosmos, à ordem ansiada. Talvez seja um crescer. Não sei onde isso tudo vai dar, mas há um Amigão comigo. Ele tem me ajudado, dia após dia, e Ele inspirou uma pessoa há milênios atrás pra me dizer que a angústia dura só uma noite, mas na manhã vem sempre o sentimento bom de alegria. E vale a pena ressaltar que posso contar com a Esperança que restou dentro da caixinha.


Physique

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segunda-feira, julho 12, 2010 by

      Esse surgiu de uma forma especial. Foi em uma das aulas que tive no Instituto de Física da UERJ, uma disciplina que trata sobre Ensino de Física. A professora pediu uma criação nossa, e lá fui eu me meter na idéia de fazer um poema. E com algumas ajudadas da minha querida amiga Glaucita e mais alguns reajustes e inspirações em casa, tem-se isto:


"Un dimanche après-midi à l'Île de la Grande Jatte", de George Seurat

Ponto, reta e espaço
Do micro faz-se o macro
pontos e pontos:
retrato
como células num corpo
são os átomos

A Ciência no ser,
no viver, no respirar
Nos planetas de Galileu
e nas telas de Seurat*

Entrópica realidade;
A vida e suas variáveis;
sem leis, provas ou teorias.
Apenas se vive.

Mas nela vejo tanta ciência,
tanta beleza...
E tem gente que ainda diz que não...!

Ciência de acordes e tons,
dos mui terabytes,
incertezas, nãos e "por quês"

Movimento, carga, calor,
partículas com cor e sabor
luz, ondas, quanta
quanta coisa!
quanto saber!
Física não é mera equação
é a essencia, do ser, o coração
que pulsa a natureza
e faz-nos perceber
que nada é certeza
nem mera coincidência.

George Seurat foi um dos principais artistas do Pontilhismo, uma técnica artística de pintar quadros usando minúsculos pontos de cores primárias sobre a tela. Dá um efeito lindo. Pura Óptica. Pesquisem sobre. Fiquei encantado com isso! E também, porque é tema do meu seminário pra essa semana, hahaha!


...É só entrar no Jardim...

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terça-feira, junho 29, 2010 by

     Escrito originalmente em 16/05/10, quando meus olhos e meu coração, um dia antes, constataram que não teria aquilo que ansiava. Início de um processo crítico de desconstruição de sentimentos e elusivos sonhos.


     O que fazer quando um sonho está aos pedaços e não há superbonder pra colá-los novamente? O que fazer quando a dor vem e não ninguém a quem culpar por isso? Alguém sabe a dor, imensa dor, de ter que, subtamente, construir um holocausto para sua esperança, oh tão nutrida esperança? Incinerar sentimentos, a longo prazo, como numa tortura infindável? Sabe quando suas dores não cabem mais nos bolsos de sua calça e parecem rasgar o coração? Quando toda sua teoria é refutada, toda previsão se frustra, quando tudo o que sentiu parece ter sido placebo? Foi tudo real ou foi meramente ilusão, ilusão que me fez bem e deu fermento de comer à minha esperança? Enfim, eu não sei. Se meu coração se partiu, alguém o fará de novo. E eu o conheço. Porque foi Ele quem fez esse coração. Ele fez com barro, e não com pedra ou metal preciosos, estranho não? Mas Ele me chama no deserto, onde eu vou aprender. E eu só aprendo quando saio quebrado. Eu descobri que eu sou todo de barro, assim como meu coração. Aí ele vem, pega os cacos, molha com a água dEle, e me molda de novo. Quando a esperança se vai, nasce uma nova. Quando a dor expande, parecendo que vai me sufocar, a Sua paz me preenche. É quando eu olho ao redor e vejo que, tudo pode passar, mas, Ele sempre vai permanecer ali, me esperando no Jardim, um lugar onde eu vou sempre achá-lo. As suas palavras são sempre verdadeiras. Eu percebo que, a única razão do meu respirar, é adoração a Ele, uma adoração sem fim, como se cada fôlego fosse um louvor, como se cada passo levasse a um relacionamento mais íntimo e sincero com Ele.
     Aprendi que só Você importa. Tudo o mais, vem de Você. E o que não vem, passará como a névoa. Mas em Seus braços, eu vou sempre estar, ansiando pelo Seu Jardim. Ah, quer saber o que se deve fazer? É só entrar no Jardim.


Congresso Estudantil Alfa e Ômega 2010

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terça-feira, junho 15, 2010 by

Hi! =D

       Faz um tempinho que não posto algo. E o que irei postar aqui não poderia ficar de lado. Trata-se de mais um daqueles momentos especiais que são preparados pra gente e que levamos pra vida toda. Tenho aprendido isso. Não é mais como antigamente, quando eu ia a um evento jovem, um congresso, vivia intensamente tudo o que se pregava ali e após umas semanas minha vida voltava à mesmice. Tem sido diferente, muito diferente. Posso dizer que, depois de ter chegado desse evento - Congresso Estudantil Alfa e Ômega 2010 -, Deus tem feito maravilhas e tenho conseguido não só contemplá-las, mas vivê-las. Seguem abaixo dois "scraps" de momentos que vivi ali, naqueles tão fantásticos 4 dias. O primeiro, é um poema, e foi escrito em um momento de oração. Não conseguia falar, só escrever na hora, então, orei escrevendo. O segundo é uma oração também, tão profunda quanto a outra.

CANÇÃO DA CRIATURA AMADA (05/06/10)
________________________________
Você vê o que quero que ninguém veja
e me ama assim mesmo
Você preencheu em mim um vazio
maior que o do Universo
e habita em meu ser

És o meu Sol
e me aqueces
O teu querer me governa
Assentas no trono do meu coração

Você é o que eu sempre precisei
Buscava um oásis e em Ti achei rios
e minha alma dança
A alegria por Te conhecer
não poderia comprar;
eu a ganhei por me amar
Uau!



      "Oh Deus Te louvo pelo teu amor, Tu mudaste meu interior", e agora eternamente grato sou, pelo amor, pela alegria, pela vida, pelas etecéteras e por esse congresso. Obrigado por este momento de alegria, aprendizado, paz e luz. Obrigado pelas interações. Que elas sejam tão fortes quanto as interações nucleares. Obrigado por ter encontrado e compartilhado com irmãos de vários cantos desse Brasil. É muito bom conviver em família. Foram momentos muito especiais e, certamente, nunca me esquecerei daquela ceia. Foi algo tão bíblico, tão verdadeiro, tão, sei lá, real e puro. Que a minha vida seja uma ceia e que, nela as pessoas possam achar um banquete, uma mesa, e que eles se assentem e que eu compartilhe de Cristo com elas. Que eu transforme cada lugar onde estiver em uma mesa, e que muitos comam do teu amor através de mim e sintam-se saciados (ou famintos por mais de Ti). Essa palavra de "assentar-se" a mesa também nunca vai sair da minha cabeça (nem do meu S2).
      Estou muito feliz também por estar dando mais um passo no Alfa e Ômega. Quero ajudar aos novos estudantes, abraçá-los, amá-los; a palavra que eu ouvi daquele jovem da Dakota do Sul, o Daniel, naquele Quebra-Gelo, foi fantástica. Quero também me achegar aos que ainda não compartilham de Ti; isso foi o que eu senti na quarta-feira (02/06) à noite, conversando com aquele jovem, tão inteligente e ao mesmo tempo tão necessitado de Ti. Senti que eu precisava, ou melhor, preciso, ouvir e interagir mais com essas pessoas, e que eu não posso deixar isso de lado, preciso de amigos que ainda não te conhecem; conhecê-los, conviver com eles e compartilhar vida, amor e Cristo.
      Falaste coisas incríveis durante esses meses: amor, alegria, dependência, interação, entre outras. Peço para que me ajude, dia a dia, para que a pressão da realidade, do mundo lá fora não me desanime ou me faça esmorecer. "Agora eu quero viver pra transmitir este amor que vem de Ti". Amém. (06/06/10)





Ressonância

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quarta-feira, maio 12, 2010 by

Te seguirei no deserto
e na sequidão haverá oásis
Te seguirei na escuridão
e em meio ao caos terei clareza
Te seguirei na tempestade
e na tormenta sentirei a paz

Contigo me alegrarei na dor
E mesmo na angústia, feliz sou,
eu sei
E embora minha humanidade grite
com os sentimentos a explodir,
os pensamentos a me iludir
e a gravidade do mundo a me atrair,
não poderia ceder
A bússola da existência indica Você
Não há outro alguém a quem recorrer
Sempre estarei ao seu lado
com a certeza de que sou amado
- e eu também Te amo.

Insensato seria o caminhar
se eu não seguisse O Caminho.
Insensato seria o respirar
Se a Vida então não tivesse
Insensato seria o crer
Se a Verdade eu não conhecesse

Te vejo no pôr-do-sol
e na ciência que me elucida
Te ouço nos livros que leio,
e no silêncio como uma poesia
Contemplo Teu todo
nas partes que me rodeiam
E Te amar vai mais além do que uma canção
mais que a alegre dança que há em meu coração

Te vejo no início e no fim de tudo
Nos acordes e nas longas pausas de semibreve
no perecer e na esperança ao fim do túnel
nas tardes cinzentas e nos momentos breves.

Tudo que sempre precisei fazer
foi ajustar a frequência do meu ser
à frequência do Teu perfeito querer
e soar a mais bela canção pra Você


(escrito originalmente em 24/04/10)



Eu julgo, tu julgas, eles julgam...

5

sábado, abril 17, 2010 by

       Acordo e vou parar diante da tela de meu laptop. Aos poucos, atento-me aos sons que permeiam o ambiente. Percussões, vozes, "sons televisivos", estalos. Juntamente vêm as conversas, as quais infelizmente adentram nossas casas, invadem nosso recinto e, não obstante, nossos ouvidos. Não posso culpabilizá-las; são meras ondas sonoras. A culpa é de suas fontes. Essas fontes julgam, e julgam sem saber coisa alguma sobre seus objetos de julgamento. São conhecidos, vizinhos, parentes... talvez até Deus, sei lá. Isso me fez pensar: "como essas pessoas só querem saber de condenar; podiam estar fazendo algo útil, cuidar de suas vidas, tocá-las adiante". Algo que é 100% conclusivo é que estas conversas infames acabam chegando em (ou girando em torno de) um ponto comum: dinheiro.
     Ultimamente as pessoas têm falado comigo muito a respeito de julgar. Alguns sentem-se constantemente julgados (e mal-interpretados), outros - como eu - confesam julgar as pessoas, outras preferem continuar na conversa fiada de que não julgam (#detestopessoasperfeitas).
  Para mim, julgar é algo inevitável; faz parte do ser humano. Julgamos o tempo todo. Eu julgo pois preciso disso para ter uma visão crítica da coisa, para ter uma noção do que está acontecendo e me posicionar. Mas faço um julgamento sadio (I believe), uma forma de tentar entender as pessoas, saca? Mas confesso que isto talvez não seja uma ferramenta muito eficiente. A cada dia descubro que, de fato, as pessoas são equações não muito triviais, e achar a linha lógica da coisa, obter uma solução geral para elas é algo quase impossível. E é aí que nos frustramos e seu julgamento acaba virando uma espécie de metodologia científica, onde você levanta várias hipóteses sobre o indivíduo e tenta formular leis gerais para tal. Aí você vai para o laboratório da vida real e quebra a cara, pois se surpreende ao saber que está faltando algo na sua lei geral. Talvez uma simples constante, ou um termo adicional, ou você esqueceu uma variável vital na coisa toda. E o que você faz? Novas hipóteses, novos experimentos, leis refutadas... E você desiste disso. Você prefere viver em harmonia com o desconhecido (você pode tentar se afastar também; as vezes o faço para fugir da sensação de confusão). As pessoas continuarão sendo meras equações e você nunca saberá quantas variáveis aquele sistema tão complexo possui. É, bem-vindo ao mundo da complexidade. Onde determinismo nenhum de fato impera ou tudo muito quântico ainda aguarda uma explicação. Onde tudo as vezes é muito relativo ou tão óbvio, talvez. Talvez tudo seja muito simples, mas nossa complexibilidade humana desconstrua isso para construir um cosmos caótico.
  Creio que, julgar não deva consistir em um ato de determinar, bater o martelo e dizer se alguém é bom ou ruim, mas é uma forma de diagnóstico, é um levantamento de como você vê as coisas e as pessoas (vide dicionário). Para mim é uma formulação de hipóteses, pois baseamo-nos naquilo que conhecemos. Julgo em um processo de conhecimento, de estabelecimento e desenvolvimento de relacionamentos. Tento entender as pessoas, mas, cheguei a um ponto no qual reconheço que isso não funciona muito. Há pessoas que julgam sem conhecer e com uma finaldade negativa. Isso é condenação. As pessoas condenam antes de julgar, de avaliar. Talvez, acho que sempre, melhor que o julgar seja o compreender. Compreensão é algo muito difícil, à primeira vista, mas, se você parar pra pensar e considerar que todos somos humanos, que somos essa rede bizarra de complexibilidades, você tenha mais facilidade em tolerar, sem condenar o próximo, sem dar validade absoluta aos seus julgamentos, os quais nunca vão ser exatos. Isso é compreensão, é ver o outro como humano, que nem você.


Entre o Caos e o Cosmos

8

sábado, março 27, 2010 by

Outrora soprava um vento forte
de coisas novas que chegavam
chegavam sem bater à porta

Vinham coisas, pessoas, palavras, sentimentos, crises,
vazios...
silêncios meus.. Reações covardes
(ou métodos de auto-libertação,
proteção)
pensamentos clássicos e quânticos...
questionamentos complexos e primitivos...

E foi então que a ventania parou,
As nuvens se dissiparam e os horizontes emergiram tão nítidos aos olhos
como raios de Sol que agridem
os tenros olhos de um recém-nascido

E agora sopra docemente uma brisa...
És o farol ao mar e o porto à espera
Eu me acheguei a Você

Quando não há mais lógica
ou linha de pensamento
Quando não há mais métodos
e leis não surtem efeito
Quando não há mais arte
e todo script é mero erro

Eu simplesmente me encontro em Você
E permito-me ser liberto
das minhas algemas racionais,
da prisão dos meus sentimentos

Quando não há porque permanecer
e mesmo assim, lugar nenhum pr'onde correr
Quando não há pílulas anti-caos
Ou todo meio de cura mostra-se paliativo
Quando o sabor se torna agridoce
e tudo oscila entre chorar ou rir
levantar ou cair
permitir e banir
continuar, desistir...
dor e prazer...
(porém nada pleno)

Eu me vejo em teus braços, como bebê
Entre o caos e o cosmos, eu escolho Você
Pois rejeito a aleatoriedade que me deteriora
E renego viver sob o que os mortais constituíram

(Após um hiato de 1 mês... Um poema como recompensa!)


Auto-libertação: cantar

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sexta-feira, fevereiro 19, 2010 by


        Sinto-me como um pássaro engaiolado. É triste. É infeliz escutar músicas e não poder cantá-las. Me dá vontade de gritar com todo meu fôlego. Estou com uma voz ruim, desde o Retiro de carnaval. Fiquei quase sem voz. É uma dor que não posso sentir, mas que me mata. Cantar é respirar pra mim. Posso não ser estudado nisso, mas, para mim, a música vem de dentro, é algo muito além de teoria, estética ou arte. Se fosse meramente isso, o que seria da música das tribos nativas indígenas? Música é a minha essência. E não importa quão imperfeito seja o meu cantar, pois tudo o que quero fazer é libertar-me. O canto liberta-me da dor, quebra as cadeias que prendem meu coração, que torturam-me, multilam-me; suaviza os arranhões das pontiagudas e afiadas garras da realidade, um ópio benéfico, ou um bálsamo paliativo. Tudo que preciso, muitas vezes, é chorar, em melodias, em letras que traduzam sincera e suavemente minhas angústias, em harmonias que se traduzem como uma junção de dores, dores diferentes entre si, que soam cada uma com sua respectiva nota, mas que soam harmoniosamente quando juntas. É um processo meio masoquista, ou não. É algo necessário.

        O dia está ideal para que eu me aprisione. Dias cinzentos. Lembra do que eu escrevi sobre eles? Posso facilmente sentir-me seduzido por essa atmosfera semi-estática e fria e então me deixar ser tomado pelas algemas dos sentimentos, pelo cheiro dos ontens, pelo vazio do silêncio e da ausência de um alguém especial.
        É impressionante como a saudade aflora tão abruptamente. Saudades de pessoas que vi há dois dias. Saudades de momentos ímpares que talvez nunca ocorram novamente. Saudades de coisas que nunca fiz. Sinto saudades de quando minhas inspirações fluiam mais que minhas saudades. Vinham desesperadamente, como eremitas sedentos por águas de um oásis, como asfaltos em dias quentes ansiando pelo desabar solene e súbto da chuva de verão. Sinto falta disto. Mal consigo registrar minhas reflexões, meus pensamentos que brotam do nada. Quando penso sobre eles, não consigo lembrar-me de boa parte deles, e então tudo se fragmenta. E perco muito com isso. E então cria-se este vazio.
        Talvez deva admitir, que, de fato, tenho-me tornado prisioneiro de pessoas e coisas. Não consigo escrever por completo o que quero, o que sinto, se não estiver diante de meu notebook; não consigo me sentir completo se não beber uma dose da presença e do compartilhar de amigos, entre outras coisas como, por exemplo, meu estado de espírito variar muito de acordo com a dinâmica de meus sentimentos, que é resultante do comportamento das variáveis nos meus relacionamentos; algumas práticas comuns como alimentar-me, dormir ou organizar as tarefas do dia sofrem bruscas alterações com isto. Até mesmo as músicas que ouço no momento são influenciadas por isso.
        Preciso admitir também que, escrever tem sido uma forma gostosa de libertar-me. Sempre o fiz. Sempre que necessário gritar ou chorar, nascia um poema, ou uma frase, um verso. Porém, cantar tem sido a mais infalível.
        No mais, espero quebrar todas as prisões e só permitir-me enclausurar-me em uma única: a presença do Pai de amor. O mais lindo de tudo é que, sua presença é libertadora, então, estar nela significa encontrar-se em meio a um campo aberto, onde pode-se correr para qualquer direção.
        Não quero cantar para o deleite dos ouvidos aprisionados pela música, ou para ter suas admirações ou glórias. Quero cantar para libertar-me e isso só é possível quando o faço para Ele. Levantar a voz e cantar suas grandes maravilhas. Entoar palavras pinceladas por notas musicais e assim, de uma forma graciosa, agradecê-lo pelo ar que respiro, pelo amor e pelas dádivas. E, cantando pra Ele, não importa a dor, sinto-me nas alturas, sob as Suas asas. As asas do Altíssimo. Sinto-me completo assim.

>> desculpem pelo post grande; foi um instante de auto-libertação.


Culpem o Astro-Rei!!!

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terça-feira, janeiro 26, 2010 by


Já falei que sou apaixonado por dias cinzentos? Classifico dias cinzentos (perfeitamente cinzentos) aqueles nos quais o firmamento aparenta-se estavelmente nublado, sem possibilidade de chuvas súbitas, com claridade agradável e temperatura amena. Estes são propícios para manifestações nostálgicas, como escutar músicas de alguns cinco anos atrás, lembrar de coisas legais do passado ou ler coisas antigas que escrevi. Inspiram-me também a buscar coisas novas, novos sons, novos points na web como blogs e temas de pesquisa. Um bom upgrade.
Pra confirmar o que eu falei, estou ouvindo Nirvana. Nunca fui muito fan, mas o MTV Unplugged deles é muito bom (apesar de demasiado deprimente; mas em matéria de depressão o do Alice In Chains ganha).
Apesar da paixão por dias cinzentos, hoje eu desejara muito que o Sol viesse e resplandecesse. Queria sentir seu calor e a vivacidade de sua luz. Hoje queria ir à praia, à tarde, ver o pôr-do-sol e sentir a brisa do mar. Ter os olhos e a pele arrebatados pelas ondas eletromagnéticas do Astro-Rei. Sentir a natureza carioca mais de perto. Pisar na areia e respirar novos ares. Puros ares. Uma necessidade de libertação. Uma respiração interior. Deliro com as cores dançantes do crepúsculo, tão encantadoras na minha cabeça. Uma fascinante variação de tons e luzes. E consigo até mesmo ver a linha do horizonte no além-mar. Um belo fim de tarde no litoral. Pena estar apenas no imaginário... É Sol, você não quer me escutar mesmo... Venha e serás bem-vindo! Sei que reclamo de você às vezes, mas só porque amo os dias nublados não significa que tenho aversão a você! Só quando você abre aquele big sorriso é que eu posso calçar meus All Star’s ferrados sem medo de que água alguma entre nos orifícios de suas solas. E só quando você chega mandando ver é que eu sinto mais estimulo para acordar cedo e despertar-me por completo mais rapidamente. É, os dias cinzentos são obra de Morfeu ou Hipnos pra mim. Parecem querer ver-me adormecido e entediado. Ta, já chorei, se quiser vir, venha, senão, vou me virar aqui... E você será o culpado de mais uma vez eu não poder ter saciado meu anseio de saudar o mar e acariciar céus límpidos!
Acho que vou ver filme, comer pipoca, jogar UNO com os amigos, rs. É, tem que haver um plano B. Um plano B que não seja enraizar meus dedos no teclado do notebook e drenar bytes através do MSN ou Google Chrome. E sim, vou ver se arranjo um tempinho pra ler as 750 páginas dAs Crônicas de Nárnia!
Desculpa a falta de inspiração gente, mas... Se o Sol saísse eu iria a praia e voltaria mil vezes mais inspirado!!! Culpem-no!!!

:: ouvindo: Red Hot – My Friends (amo essa música… Recordo-me de uns 5 ou 6 anos atrás, haha).


It's My Life...

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sexta-feira, janeiro 08, 2010 by

Então, já é bem tarde... Estava à toa na vida e decidi blogar. Decidi postar sobre algo que fiz ano passado.
Num dos quebra-gelos da vida, do grupo do Alfa e Ômega UERJ, fizemos algo inusitado, hehe. Deram-nos folhas A4 e pediram pra que desenhássemos um escudo, uma espécie de emblema, que nos caracterizasse, assim como os dos times de futebol, dos países ou dos antigos reinos da história ou de filmes épicos. Eu, que já num sou muito cheio de idéias e vontade de criar, haha, peguei os lapís de cor e comecei a viajar. E saiu isso aí:


Bem, vou explicar os simbolismos:

- É notável o desenho de uma espécie de dragão, no centro do escudo. Bem, ele representa um S, rs, a primeira letra do meu nome, hehe. Ele está entrelaçado a uma cruz. Ela representa a presença de Cristo na minha vida. É, sou um ser habitado por Cristo, feliz e grato sou por isso.


- Sim, há um All Star no desenho. Mas calma, ele não representa Jesus na cruz, kk, ele só está no centro por questões visuais, haha, e representa meu estilo despojado, urbano, enfim, como quiserem rotular, mas, de forma direta, representa minha paixão por esse calçado tão especial por ser tão simples.

- À direita do dragão há a 2ª Lei de Newton, rs, de forma bem acadêmica, com uma bela derivada segunda, hahaha. Não preciso dizer que representa a Física e sua vasta influência na minha vida... Eu vivo isso né,rs. Minha árdua caminhada no curso de Física... Ufa... 4 anos se foram...

- À direita temos uma nota musical, a saber, uma colcheia. O meu gosto pela música. É quase um fluido fundido ao meu sangue, e que percorre meus vasos sanguíneos. Eu a inspiro, eu a expiro, eu a canto, eu a choro, eu a vivo. Embaixo do dragão em S, eu coloquei uma clave de sol, pra reforçar a paixão musical,rs.

- Próximo à clave de sol, à direita, há um alfa e um ômega. Não preciso nem dizer o que significa, rsrs. O movimento estudantil Alfa e Ômega fez toda a diferença tanbém. Deus preparou esse ano maravilhoso de 2009 para que eu o conhecesse, e isso foi fundamental. Minha vida mudou, e muito. E grato sou por fazer parte do AeO e dele fazer parte da minha vida.

- Por fim, logo acima, sobre a cabeça do dragão, há pequenas cruzes em formato de "+", símbolo da operação de adição. Representam os relacionamentos, que foram fundamentais em 2009. Conheci tantas pessoas especiais e isso não podia ficar de fora do escudo da minha vida.

Dizem que os espinhos pontiagudos das bordas do escudo representam criatividade. Foi um "aspirante a psicólogo" - e grande amigo - quem me falou isso, rs. Reparei que há umas estrelas também, próximas à cabeça do dragão, mas, sinceramente, não sei o que representam, haha. Acho que pensei que o dragão estava trafegando pelo espaço sideral, hahaha!